segunda-feira, 23 de março de 2009

Clareira

A glória de se dizer é o silêncio
Caio o suficiente, certo, fácil, inquieto
Cedo, a vitória - é tarde,
cômodo da memória, é verso é ver
Revolvo meu rosto, rompo comigo,
rio rente de quem sou...
Ora, é hora de orar, sede, crê
- é o mesmo, tudo há a certeza de quem é,
ser, se é, sorte, descortinado, descortês
quer seja quem me corte, qualquer...
Mal me quer?

sexta-feira, 13 de março de 2009

Laguna

Amanhã, de hoje a noite em plena,
será que mesmo a lua vale à pena?
Será que as sombras sobrevivem
mesmo no esmo do escuro?
O pouco sentido que persiste,
posso dizer que a luz existe, intensa,
numa guimba de palavra...
Mas e quanto a iluminar?
Não se pode ver uma sombra desmanchar.

Pressinto, a parede consente me impedir.
Peço, prece, mas nada parece no escuro,
nem um grito aparece no escuro...
Nenhum.