quarta-feira, 15 de setembro de 2010

O pôde-ser ou quase-nada

A diferença faz que tanto nada nem que por pouco seja muito mal de ser de sobra
E estando sóbrio, o todo é tudo a mesma coisa adormecida sobre si que se é
Arregalado consciência pelos poros e engolido saliva pela vontade
É que se está disposto a soluçar a eternidade para fora parece, ao que
Ponto-o-pode-ser-fim, é talvez terá.

Se o mundo, que é sonho por extenso, degrau após daonde veio e sobre
Sei daonde vim de volta e meia me indagar da saída-lá-se-sabe
Quando quaisquisermos começo - o quer dizer algum lugar
Pra onde ir de novo?

E que contar tudo é uma predisposição a perder a conta, vista de
Quando de vez a mão vazia logo o logo a ser perder quem é se
Soar é ser do que mais sabiamente acorde, estar de acordo
De que o infinito é a música dos algarismos.

Nós, que, o nada é a silhueta dos abismos, o laço-quase
É partir-se o pôde debruçarmos adensando a janela
O corpo-fora dela, a alma saboreando a vertigem
No gosto figurado do chão pelo sim.

E no comigo que não é o caso cabe deixar-só
- O singular em serpentina, o por, acaso, crase
Engasgada grito verbo-no-vadio vai que ver sabe quem
O sabe-tudo é certeza em desacordo com precisar-se se
Pra se deixar tudo lá é necessariamente nesta ordem,
Nenhuma.