quarta-feira, 31 de março de 2010

Cosmosséia

Cabe à transitividade das proporções dar-se por corpo e gesto, embaralhados comumente por alma, pelas bordas;

Donde a natureza de se estar lotado se faz transbordar, por onde se encadeia paixão e afeto entrelaçados como água e sedimento;

Segue-se por decantado o encanto a necessidade verbal da sensação ser sóbria em que é simplificada;

E precisamente o segredo assume a forma linguística do sentimento, bem como a repetição é o vício em estado bruto;

Inaugura-se por hábito dar-se linearidade a estar parado e há de simplesmente haver por que;

Das razões os rastros, causa e refeitos, rarefatos flores para 'o que fazer com?' ao fim e desfaço;

Por fazer o frio, o calor e desencaixe pela etiologia da iminência como qual o quê, sabe?;

O dissabor-supresa e suar frio sem saber o quê qualquer, o outro de não ser alguém, conjugado par caos e efeito;

Pela paridade induz-se a simetria, sermos, ímpar pode e pausa, presença e claramente temer a morte é temer-se só;

A vida no contraste-se de ver, frasco e vazio, engarrafamentos desalentos e acalantos de cidade à noite, o não;

Simples em dissipar-se, dissidência por onde é claro bipartir-se, a cissiparidade das estrelas e universo, vasto;

Portanto infinito, números, virtudes, lógica e imagem por onde se acomodarem cônjuges da clarividência;

Enfim, a cegueira em que se alastra o escuro que é a intuição, por onde é esquecer, e finalmente é recomeço.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Lembra? (pêndulo)

O charme a que se chama
a chama extinta; o grito se faz
finta, a armadilha por sensual em convite
para entrar:
- por favor.

Firme; fira, a que se refira veneno
veia veio víbora e vil não o
ardil do gesto; o resto é
predicado do desleixo a cobra
para coral da cor e imaginar de
cor é ter certeza
só.

Embalo badalo das três é outra
vez vendo vindo a se passar passeio
por
si próprio para pára raio pode o
sono simples em sino oscilo Sul
ceder, demais

(E o isso é tudo mais que se pode dizer no ensejo perfeito...)

segunda-feira, 8 de março de 2010

Na multidão é que parti meus abraços ao meio
e tirei-a pra dançar pela metade
de novo.

No uníssono fui quem ecoei e
além da voz que se me fizeram olhos míopes e espelho,
jogados.

Em resto afiz-me um retrato e,
de rosto, pendurei-me na parede,
de novo.