Eternamente supérfluo no sofá
vem a toa tédio a tona no tempo (é o que há)
viver-se no congestionamento
Superficialmente diáfano no aço
o universo é o desembaraço predileto
dos meus fios de cabelo
Monotonamente frutífero no espaço
o que me impede de dar um passo
é que o infinito se espreguiça adiante
toda vez em que sinto cansaço.
(o bocejo raso é a razão
pela qual todo prazo se esgota)
Um cataclisma me espera na ponta dos pés
além da fronteira do carpete:
a verdadeira revolução
só irrompe na hora marcada.
terça-feira, 29 de junho de 2010
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Azáfama
A luz quando engasga nas persianas é poesia de fresta,
o amanhecer, sombras em festa,
o que foi
pelo sim,
pelo chão.
O tapete, talvez.
Sobressalto sujo,
serpenteio restos de rei do rodapé,
soberano dos rótulos arrancados
e das embalagens vazias.
Destoo na sala de estar,
porque estou aqui
- embrulhado marulho na varanda,
embalado vai-e-vem no ir e vir.
Corredor escorrido pelos dedos,
esganiçado súplicas-de-parede
o ouro branco de aluvião do lençol
é quase o poema que eu tinha pra escrever.
o amanhecer, sombras em festa,
o que foi
pelo sim,
pelo chão.
O tapete, talvez.
Sobressalto sujo,
serpenteio restos de rei do rodapé,
soberano dos rótulos arrancados
e das embalagens vazias.
Destoo na sala de estar,
porque estou aqui
- embrulhado marulho na varanda,
embalado vai-e-vem no ir e vir.
Corredor escorrido pelos dedos,
esganiçado súplicas-de-parede
o ouro branco de aluvião do lençol
é quase o poema que eu tinha pra escrever.
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