Na moldura evidente de você,
sou a circunstância da sombra,
incerteza em alto-relevo do grito.
Você estréia intrusa na cabeceira,
mas eu te estive esperando no porta-retrato,
desperta silhuetada na porta,
já que é meio noite.
Nos cômodos fluentes no silêncio,
nos trejeitos do contraste
e no idioma dos espelhos,
te espero na platéia dos meus lábios relidos.
Fechem as cortinas.
terça-feira, 24 de novembro de 2009
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
Abajur, do francês, abat-jour, ou lótus-em-flor (poesia a mesmo)
Se admito a ficção no elevador, me deixe nos céus - sou célebre nos corredores, príncipe do pormenor no papel-de-parede, arcanjo para os íntimos sou eu somente.
Deixo a desejar por estrelas cadentes no teto, fosforescentes para os desavisados, sintéticas para os sonhadores
Desfio enredos nas persianas; tenho olheiras por excesso de realidade, e não por falta de sono.
(blecaute)
Se as lamparinas são oásis do dia, nos resta desertificar à noite, descampado qual-o-quê das horas.
Me confesso ao interruptor como quem suplica dormir.
Deixo a desejar por estrelas cadentes no teto, fosforescentes para os desavisados, sintéticas para os sonhadores
Desfio enredos nas persianas; tenho olheiras por excesso de realidade, e não por falta de sono.
(blecaute)
Se as lamparinas são oásis do dia, nos resta desertificar à noite, descampado qual-o-quê das horas.
Me confesso ao interruptor como quem suplica dormir.
domingo, 1 de novembro de 2009
Prosopopéia
Em poesia já morremos todos,
compactuados destino pelas palavras,
diários nos esvaziados pelos versos.
Éden dado, não tenho dito,
meu lema é o silêncio.
compactuados destino pelas palavras,
diários nos esvaziados pelos versos.
Éden dado, não tenho dito,
meu lema é o silêncio.
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