I) A poesia é sutil persistir da palavra
insuspensa como deriva condicionada.
II) O som é dissuasão sublime do sentido
e o sentido que há é a leitura labial de um bocejo.
III) A música é desistir voluntariamente da imagem,
como a tempestade é dar seqüência lógica à dissonânica.
IV) A composição pressupõe fragmentos
e pode ser que não tenhamos nada em comum.
V) A intenção é apenas um veículo,
embora eu também não seja intenção.
VI) Os versos não se encaminham para baixo;
eles também não vão para lugar nenhum.
VII) O fascínio que exerce o fim é apenas outra feição da liberdade.
segunda-feira, 27 de abril de 2009
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