Vitupério! Matéria-prima ao pranto;
O choro concatena a chuva e chove
Espesso - reflexivo arremesso imove
Luto e re-luto; o silêncio é meu canto.
Cantei-me e, réprobo, ser; um ser tanto
E pouco. Sempre há tão pouco, nove:
Me remeço e ar remeto a mim e move
Ao zero; zênite o que fui, no entanto,
Acre o que o sou, nem tanto; talvez nada.
Nada, isto é nada. E flutua no fundo,
O que é naufragar, imersa a gargalhada.
Cremar! Depurar sem tocar o imundo,
NÃO é mundo, é cantar-se; a voz parada.
Isto é vituperar-se! SIM! Afundo!
domingo, 29 de junho de 2008
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Um comentário:
Interessante, apesar de ser um soneto, foge do clássico; dá pra reconhecer o seu estilo de cara. Muito bom.
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