quarta-feira, 2 de julho de 2008

Seis horas (devaneio bucólico)

Sinto-me de som sinfônico e corro
Pra dentro e fora, como às seis em ponto;
Opaco da hora - a bruma abraça o morro.
Sinto-me suspenso só e me conto

O infinitamente livre do desforro.
Adejo, penso-me pesado e pronto
– Se toda a mobília está sem forro,
E eu sinto a náusea e tudo sem estar tonto,

Divirjo-me, sóbrio e ébrio de me estar;
Entre espargir-me, orvalho de afagar
A paisagem de se estar esperando;

E a impaciência estanque de si
Tanto eu, tanto que me vi e ouvi.
Olhei-me pra paisagem me encarando...

2 comentários:

João Medeiros disse...

show show show show show

fabiana disse...

procuro um verso especial, mas são todos muito bons, não consigo. Sinto a impaciência e a inquietude em todos eles.