terça-feira, 7 de julho de 2009

À noite em meio

Tempestades me excitam como se o céu me trovejasse por dentro
e a meia-luz me confina íntima, consumada de mim.

Deixada a cor me arrepia carícia calada,
e me deixo percorrer por qualquer sombra
Exagero um halo lampejado da boca, tanta
tremo sóbria de facilidade,
porque as sugestões são as formas mais delicadas de controle.

Me descarrego estática por fora do êxtase, atenta,
tudo me perfaz como um detalhe e me deixo silhueta.
Rarefaço sentindo plena e a chuva me percute a borda da pele
em extremidades que afundam sobras de vida como o corpo ainda estranha um vazio figurado
Dissipo a nudez para me despir de nada
E me deito fiel ao tato, quando todo dia claro me apavora.

5 comentários:

João Medeiros disse...

pqp. genial.

Reu. disse...

"Bizarramente atraente e Sombrio
Gostie ;)

Comentário simples.
Reuaida"
(repetindo comentário)


Bem, é a segunda vez que vejo isso.
Quem seja o autor, realmente, é extraordinário.

teto__branco disse...

ui!..

Carolina disse...

Gostei demasiadamente disso: "porque as sugestões são as formas mais delicadas de controle."

E aí, como foi escrever com eu lírico feminino? :)

Luizinho disse...

Muito foda, Braga!

Luiz.