sou teu à queima-roupa da pele,
invariavelmente figurante do teu toque,
palpite das tuas mãos
sou tido desapego no teu brinco avulso
e te teimo colecionar de olho fechado,
sombra e alma fresca
sou tudo pompa no teu desleixo,
destinatário do acaso nas meras coincidências
sou atado nenhum de nós na ventania,
untado discordância em silêncios compatíveis
sou despencado três andares da existência para cair aos teus pés,
mas são teus lábios é que não querem seguir
sou desbotado cor no teu azul, séu qualquer
pausa
(está ali tanta, evidente de ser quem é)
repouso pedestre do teu sonho, quando acordo
a chuva é a verdade favorita das minhas manhãs possíveis
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
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4 comentários:
é mermao....
acho q estou sem palavras; mas pelo menos as tuas vou guardar comigo pra sempre
O final é de beleza única...
(o comentário acima também ficou bonito... pobre de mim, eu que não sei comentar!)
e esse séu hein? =)
é licença poética, seu com céu.
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