A luz quando engasga nas persianas é poesia de fresta,
o amanhecer, sombras em festa,
o que foi
pelo sim,
pelo chão.
O tapete, talvez.
Sobressalto sujo,
serpenteio restos de rei do rodapé,
soberano dos rótulos arrancados
e das embalagens vazias.
Destoo na sala de estar,
porque estou aqui
- embrulhado marulho na varanda,
embalado vai-e-vem no ir e vir.
Corredor escorrido pelos dedos,
esganiçado súplicas-de-parede
o ouro branco de aluvião do lençol
é quase o poema que eu tinha pra escrever.
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
isso é perder a prática que nem o julian bream não tem técnica
Putz, esse ficou muito demais mesmo.
Postar um comentário