terça-feira, 25 de agosto de 2009

Reassentamento solitário ou A política do porquê (polícia prática)

Poço licença para esbarrar versos em voga
na hospitalidade fácil dos constantes
- De antes à frente:
a neutralidade crédula de um deslumbrado
peço a passo, desfavor,
desabotoe a estupidez dos substantivos,
doe-se mar em assertivos de plural
e se afogue em nado.
E desagrade-se um desafago.

Desleixo sacolejado metáforas,
desarvorado galhos
e sobejando perdões falhos
ajoelho à insistência de um mosaico em ser diverso,
e me distraio divirto.

Soube que monomanias estão em baixa
- a voz oraculada do efêmero mo disse.

Deixo-me por pesar à disposição
medidas de biodiversidade,
tenho a alma em promoção para qualquer um
que ache que se tem que dizer tudo.
Se tenho cordas corais no verbo,
acudam-me de lâmina.
Até onde sei estive mudo.

3 comentários:

João Medeiros disse...

é mermão... o cara não pára aí

mari abdalla disse...

talvez tenha te visto concentrado escrevendo algo hoje em contemporaneas...

Carolina disse...

engraçado que às vezes eu escrevo umas coisas e depois acabo desobrindo que, inconscientemente, as minhas inspirações vem, em grande parte, daqui.