segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Abajur, do francês, abat-jour, ou lótus-em-flor (poesia a mesmo)

Se admito a ficção no elevador, me deixe nos céus - sou célebre nos corredores, príncipe do pormenor no papel-de-parede, arcanjo para os íntimos sou eu somente.

Deixo a desejar por estrelas cadentes no teto, fosforescentes para os desavisados, sintéticas para os sonhadores

Desfio enredos nas persianas; tenho olheiras por excesso de realidade, e não por falta de sono.

(blecaute)

Se as lamparinas são oásis do dia, nos resta desertificar à noite, descampado qual-o-quê das horas.

Me confesso ao interruptor como quem suplica dormir.

3 comentários:

João Medeiros disse...

lótuseria bicho

João Manoel Nonato disse...

Isso não foi uma poesia, foi uma profecia!

Ó o blecaute aí...

Li disse...

"Me confesso ao interruptor como quem suplica dormir. "

isso é simplesmente demais, chip.

talitastt@hotmail.com

me adiciona nesse tal de msn!